Em sua estreia na Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes, Thamires Rangel (PMB) mostrou que não será apenas uma figura simbólica. Com 18 anos, a mais jovem vereadora do Brasil chegou à tribuna com um discurso carregado de simbolismos e uma mensagem clara: ela não será enquadrada.
“Minha abstenção [na votação da Mesa Diretora] não é omissão, é uma postura. Não estou à mercê de interesses pessoais, mas sim da população campista. Estou aqui para agir com propósito e independência”, afirmou em seu primeiro discurso.
A postura de Thamires vai além da idade ou do título de estreante. Em um cenário político muitas vezes dominado por acordos velados, ela se colocou como independente.
Não é algo simples, ainda mais para uma jovem parlamentar no início de sua trajetória política. Eleita com 5.438 votos, sua fala incluiu jovens, mulheres e a causa animal, mas também lembrou da população mais vulnerável de Campos. E prometeu ainda, atuar por causas que vão além do óbvio.
“Aqui ainda tem muitas pessoas que vivem situações degradantes. Isso não é aceitável. Eu prometo escolher a paz, mas nunca quando ela significar aceitar a degradação de alguém”, afirmou.
O que Thamires deixou claro em sua estreia é que sua juventude não é um obstáculo, mas uma força. Seu desafio agora será transformar as promessas de independência em resultados concretos, especialmente em um ambiente político tão complexo quanto o de Campos dos Goytacazes.
Se depender do início, ela já deu o primeiro passo: trouxe para a Câmara uma energia que promete incomodar, questionar e, quem sabe, transformar.