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Friday, October 24, 2025

Sinal de Parkinson: você pode estar ignorando um alerta precoce

Se você sofre frequentemente de prisão de ventre, temos notícias preocupantes para compartilhar. Pesquisadores dos Estados Unidos e da Bélgica sugerem que problemas intestinais podem ser um sinal de alerta precoce para a doença de Parkinson em alguns casos.

Segundo os cientistas, a constipação, dificuldade para engolir e síndrome do intestino irritável podem servir como indicadores de condições cerebrais. Essas descobertas, publicadas na revista científica Gut, apresentam evidências sólidas da conexão entre o intestino e o cérebro. Os pesquisadores acreditam que compreender essa relação entre os dois órgãos pode permitir um tratamento mais precoce para o Parkinson, uma doença neurodegenerativa que, após o Alzheimer, é a mais prevalente, afetando atualmente cerca de 20 mil pessoas em Portugal. Estima-se até que esse número possa dobrar nas próximas três décadas.

Pacientes diagnosticados com Parkinson têm uma deficiência de dopamina (um neurotransmissor associado ao prazer) no cérebro, devido a danos em algumas das células nervosas que deveriam produzir esse neurotransmissor. A falta dessa substância pode causar tremores, movimentos lentos e rígidos, bem como rigidez muscular. Como a doença não possui cura, os tratamentos disponíveis apenas ajudam a aliviar os principais sintomas e a melhorar a qualidade de vida pelo maior tempo possível.

Essa equipe de pesquisadores analisou os registros médicos de 24.624 americanos com Parkinson e os comparou com grupos de pessoas com Alzheimer, hemorragia cerebral e indivíduos saudáveis. Foi então que concluíram que aqueles que apresentaram problemas gastrointestinais tinham maiores chances de desenvolver a doença, especialmente aqueles com constipação.

No entanto, “ainda é possível que tanto as condições gastrointestinais quanto a doença de Parkinson estejam ligadas a um terceiro fator de risco desconhecido, pois o estudo não estabelece uma relação causa-efeito. No entanto, as conclusões podem ter relevância clínica e certamente devem motivar pesquisas adicionais”, explicou a pesquisadora Kim Barret, da Universidade da Califórnia Davis, nos Estados Unidos, em entrevista à BBC, mesmo não estando diretamente envolvida no estudo.

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