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Wednesday, January 22, 2025

Delegado rebate críticas da Fiocruz: ‘Quem coloca em risco a população são os criminosos’

A Polícia Civil rechaçou a nota divulgada pela Fiocruz, vinculada ao Ministério da Saúde do Governo Lula, que repudiou a ação exemplar de policiais que terminou com a morte de um traficante e com outros quatro bandidos baleados, durante confronto dentro da instituição ocorrido nesta quarta (8). Segundo a Fiocruz, ela “ocorreu de forma arbitrária, sem autorização ou comunicação com a instituição, colocando trabalhadores e alunos da Fiocruz em risco”.

“Quem coloca em risco a população são os criminosos. Temos imagens de traficantes dentro da Fiocruz, então foi necessário que nossos agentes entrassem na instituição para evitar que houvesse um dano maior lá. São Criminosos que roubam, agridem, assolam a população. Essa é mais uma resposta firme da Polícia Civil no combate a essa organização. A Polícia Civil salva vidas e protege a sociedade. Nossos policiais nunca abaixarão a cabeça para a bandidagem. E estarão sempre em defesa de quem precisar”, rebateu o delegado André Neves, diretor do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE).

Na tarde desta quarta (8), criminosos de alta periculosidade usaram a Fiocruz como rota de fuga durante operação policial no Complexo de Manguinhos. Durante a ação, dois funcionários que trabalham como agentes de vigilância da Fiocruz foram detidos sob a acusação de facilitarem a fuga dos bandidos.

Segundo a polícia, imagens mostram um veículo a serviço da Fiocruz auxiliando na fuga dos criminosos. As declarações dadas em depoimento pelos agentes de vigilância da Fiocruz na delegacia foram consideradas contraditórias.

Apesar disso, a Fiocruz repudiou o fato dos funcionários terem sido levados para depor e não mencionou a abertura de qualquer procedimento interno para apurar a suspeita da polícia contra eles.

O delegado André Neves, no entanto, afirmou que a polícia prosseguirá com sua investigação. “Há sim, uma investigação em curso na unidade demonstrando participação de alguns agentes [de vigilância]. A gente vai esperar as investigações, todos os depoimentos colhidos para, aí sim, ter a definição jurídica certeira”, destacou o delegado.

A Fiocruz também foi contraditória em seus pronunciamentos. A instituição alegou que uma funcionária foi atingida por estilhaços de um disparo que atingiu o vidro de uma sala onde são fabricadas vacinas e que ela precisou de atendimento médico, mas em seu próprio site publicou que “Ela [a funcionária] passa bem E NÃO CHEGOU A SER FERIDA”.

“Causa muita estranheza acusações maldosas contra os policiais, dado o histórico de ocorrências com traficantes que buscam abrigo em prédios públicos, incluindo escolas e unidades de saúde, bem como a própria Fiocruz, onde isso já havia ocorrido em situações anteriores”, afirmou o secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi.

Em agosto de 2011, cinco criminosos de alta periculosidade que usavam a Fiocruz como rota de fuga foram capturados nas instalações. Todos eles eram lideranças da facção e estavam foragidos da Justiça.

A ação desta quarta-feira (8) no Complexo de Manguinhos, área controlada pelo Comando Vermelho (CV), que é a maior facção criminosa do Estado, fez parte da segunda fase da “Operação Torniquete”, que tem como objetivo reprimir roubos, furtos e receptação de cargas e de veículos, delitos que financiam as atividades das facções criminosas, disputas territoriais e ainda garantem pagamentos a familiares de faccionados, estejam eles detidos ou em liberdade.

Desde setembro, já são mais de 290 presos, além de veículos e cargas recuperados.

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