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Wednesday, January 22, 2025

Poder aéreo do tráfico: olheiros são substituídos por operadores de drones

Enquanto a Justiça – através da ADPF 635 – restringe as ações das polícias nas favelas do Rio, proibindo a utilização de aeronaves pelos agentes de segurança, a bandidagem cada vez mais vem expandindo seu poderio bélico no ar, através da utilização de drones. Figuras carimbadas nas entradas e pontos elevados das favelas, os olheiros do tráfico estão sendo substituídos por operadores de drones.

As aeronaves não tripuladas monitoram com eficácia a chegada e a movimentação da polícia dentro das comunidades, como ocorreu nesta quinta (9). Os drones foram usados por traficantes da Serrinha, em Madureira, para vigiar agentes do 9º BPM (Rocha Miranda) durante uma operação na região, tornando-os, quem sabe, alvos fáceis para o abate, caso eles desejassem. Munidos de rádios de comunicação ou até mesmo celulares, os operadores de drones avisavam o restante da quadrilha sobre a localização e cada movimentação dos blindados e dos PMs.

Enquanto os policiais se tornam alvos fáceis para os criminosos, os olheiros não precisam mais ficar expostos em pontos estratégicos para ter uma visão privilegia. Basta levantar voo de um esconderijo qualquer no interior da favela.

Apesar da desvantagem, os bravos policiais da operação desta quinta conseguiram escapar ilesos e não saíram da comunidade de mãos abanando. Eles apreenderam drogas e um fuzil. Mas, infelizmente, graças ao monitoramento aéreo, não conseguiram prender ninguém.

Além de monitorar os passos da polícia nas comunidades, os drones também são utilizados pelo crime organizado como lançadores de explosivos. No último mês de agosto, traficantes do Complexo de Israel e do Quitungo travaram uma disputa por território. Na ocasião, eles utilizaram drones para lançar explosivos contra os rivais.

Assim como para os militares na Guerra da Ucrânia, os drones se tornaram mais uma preocupação para os policiais que realizam operações nas favelas do Rio, que ao contrário do asfalto, estão cada vez mais seguras graças à ADPF 635.

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